terça-feira, 26 de abril de 2011

Idealismo

Houve um tempo em que acreditei
Que sozinha nesse sonho não estava
Mas nada que o tempo não mostrasse
O que fatalmente se confirmava !

Um mundo melhor, mais justo
Pessoas conscientes e politizadas
Criar um meio de transformação
Eram essas palavras discursadas !

Onde estão vocês ?
Não ouço mais suas vozes,
Teriam o egoísmo e a covardia
Se tornado seus algozes ?

Os anos se passam e com eles os sonhos
Nos tornamos seres insignificantes
Piores do que aqueles que tanto criticávamos
Pois nossos ideais eram edificantes !

Qual a importância do pseudo-saber?
Seria apologia ao Positivismo ?
Qual o valor do conhecimento
Se não há mais o Idealismo ?

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Presença na Ausência

Como explicar algo assim
Algo que me puxa e atrai
Mas quando me aproximo, nada
O vazio sempre recai !

A presença é sentida
E muitas vezes confirmada
Mas o que resta ao fim
É a ausência que é deixada !

Seria isso transmissão de pensamento ?
Não, creio que mera coinscidência
Caso fosse um chamado
Ficaria a presença !

A sensação está em mim
A de sempre querer encontrar
Por isso as vezes ocorre
Segundos, letras sem nada mudar !

Agora entendo
Creio que nada aconteceu
Querer muito a presença
Se encontrava apenas no EU !

Ao EU, restou lembranças
Da ilusão de uma renascênça
Ao Eu, resta o contento
De sua "Presença na Ausência" !

domingo, 24 de abril de 2011

Obrigada Poesia

O que penso ser Poesia Livre
É o que tem acalmado meu coração
Minha energia aqui se esvazia
Quando começo a Divagação !

Aqui não sou ninguém
Aqui sou apenas palavras escritas
Aqui não há leitores
E nem interlocutores das palavras ditas !

Seria apenas um recanto
Ou uma mera fantasia
Seja lá o que for
Muito "Obrigada Poesia"!

Presa na Liberdade

Me sinto livre em pensamentos
Mas deles não consigo me livrar
Meu corpo padece pela minha mente
Que insiste o tempo todo em não parar !

O que fazer para me livrar
Dessa liberdade que me prende
Como livre continuar
Se minha razão, isso não compreende !

Preciso retornar
Ás correntes do pensamento
Para que meu corpo possa retomar
As rédeas desse firmamento !

Mente livre e solta é o que tenho
Embora corpo limitado, em verdade
Preciso voltar a ser detenta
E deixar de estar Presa na Liberdade !

Transcendência

De que adianta transcender
Se isso nesse mundo não tem valor
Preferia o anonimato do ser
Do que dessa perda sentir dor !

Loucura ? Sanidade ?
Realidade ou transferência ?
O que fazer com tudo isso
No dia a dia de minha vivência ?

Seria EU, uma mentira
Carregada de sinceridade e verdade ?
Ou seria uma realidade
Existente mas não passivel de felicidade ?


Perguntas e mais perguntas
Sem respostas e nenhuma referência
Seria isso um dos lados
Da tão desconhecida Transcendência ?

O Retorno

Sempre esteve onde deveria estar
Aceitando, vivendo, continuando a caminhar
A mulher existente, sim
Insistia em abafar !

Eis que em um momento
Para fora ela veio
Mas sem perder a racionalidade
E nem entrar em devaneio !

Ela permenecia em seu lugar
Mesmo sabendo de tudo o que abrira mão
Continuava seguindo seu caminho
Mas sempre calando seu coração !

Mas eis que algo a tocou
Transcendendo sua razão
A menina existente nela
Abriu completamente seu coração !

Indefesa ela ficou
Não, não pôde o sentimento evitar
Mas suas suplicas fizeram
Ela à realidade voltar !

Em um dia, em uma acidez
Deixou o que lhe era quente, morno
Causou-lhe uma enorme certeza
Convidando-a assim ao Retorno !

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Desabafo

Grito, berro, clamo
Sufocada, amarrada me sinto
Se isso não fizer
Como sobreviverei a esse labirinto ?

Clamo por entendimento das coisas
Clamo por sabedoria
Como agir presa nessa caverna
Sem sentir tanta agonia ?

Respostas onde estão vocês ?
Perguntas parem de me atormentar
Por que o desafio aparece
Se não for para conseguir enfrentar !

A cada incêndio que surge
O fogo, não apago, apenas abafo
Desculpem-me, oh palavras
Por usá-las nesse Desabafo !

domingo, 17 de abril de 2011

Minha Inspiraçao

Minha inspiração seria um presente dos deuses
Como disse um nobre poeta ?
Ou seria apenas divagações
Sem ter uma direção certa ?

Quando venho aqui
Meus dedos ficam a coçar
Para registrar pensamentos
Que a mim começam a chegar !

Seriam gritos do silêncio
Que invadem minha razão
para registrar expriências
E vozes de algum coração ?

Não sei de onde ela vem
Só sei que ela me invadiu
A vontade de escrever cresce
Como o desejo na fase do cio !

Explora-la vou
Pois não sei o quanto durará
A vinda dessas palavras
E tudo o que elas queiram registrar !

Sim, eu sorrio, me sinto amada
Me sinto amando
Agraciada por poderes divinos
Aqui, enquanto estou criando !

Meu coração, se torna coração alheio
Meus pensamentos vozes talvez de outrém
Meus dedos apenas registram
Todas as palavras que no momento me vêm !

Me sinto muito agraciada
Pois aqui, só, não estou não
Só sei dizer que:
São os pensamentos e desejos soltos
Que inspiram Minha Inspiração !

Por amor

Por amor sorrimos,choramos,
cantamos e escrevemos
Até fugimos se preciso
Para não perder o pouco que temos !

Com minhas mãos atadas
No calor e em todo ardil
Mesmo em presença não havendo o toque
Na ausência sinto muito frio !

O perigo se faz na possivel escolha
De sentir esse ardor
Pois essa seria a ultima fase
E a certificação desse amor !

O que fazer
Se não há como isso apagar
Continuar sentindo esse frio
Ou em presença tentar me esquentar ?

Só sei dizer que o freio acontece
Bem no auge do calor
Essa minha fuga acontece
Justamente Por Amor !

quarta-feira, 13 de abril de 2011

O Tempo

O tempo nos tráz saudade
Mas também a desilusão
A espera quando é muito grande
Aflige nosso coração !

Mas a aflição não anula
Necessariamente o que sentimos
Esperamos cada vez menos
Ou isso, ao menos, fingimos !

Esperar, sem saber ao certo o que,
Reclamar a demora de algo que não vem
O tempo brinca conosco
E de nossa saudade faz desdém !

Como explicar, sentir saudade
Falta e necessidade
De algo que nunca se teve ?

terça-feira, 12 de abril de 2011

Meu medo

Sim, temo o que desconheço
Respeito o que não posso evitar,
Acostumei em tudo na vida
Minhas sensações poder controlar !


Como agir perante algo
Algo que me domina ?
Me entregar, me assusta
E combater isso, ninguém ensina !


Atrás da mulher forte
Onde nada a domina
Existe uma fêmea assustada
Existe apenas uma menina !

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Caminho

Algumas poesias só existem
Pelos desejos não vividos
Talvez os que já se viveu e não se esqueceu
Ou aqueles que nos invadem e mexem com nossos sentidos
Mas que em nossa realidade, sim, nos são proibidos !

Eis a inspiração das palavras
Elas não se dão "no viver"
Elas saem e encantam
Por justamente representar um "querer"!!!

São os caminhos do coração
Que a razão não consegue entender
Mas a emoção forte aflora
Quando começa-se a escrever !

Há outras que apenas surgem
Quando entramos em contato com a palavra
Abrimos nossas mentes
Deixando simplesmente
Que ela nos invada !


Se queres ecrever, escolha seu caminho !

domingo, 10 de abril de 2011

Meu Amor

Tendo as estrelas como testemunhas
E com elas a luz da Lua
Eis me aqui em pensamentos
Sim, neles, sou toda sua!

O sol vem e me acorda
Procuro-te desesperada
Eis que foi apenas mais um sonho
Mas nele por ti fui muito amada !!

Mesmo no silêncio que me corta
Enviarei-lhe todos meus pensamentos
Sinta o vento em sua pele
Sinta a brisa desse momento !

A noite chega e com ela
O desejo de contigo sonhar
Para novamente poder te sentir
Para novamente poder te amar!

A chave que abre essa algema
Existe, por isso minha busca
Já que a realidade do dia me prende
E faz-me sentir em uma burca !

Em meus sonhos quebro as correntes
Me liberto com fervor
Neles sou toda sua,
Neles entrego-me a ti, meu amor !

Insônia

Olhos secos, corpo cansado
Mente alerta, pensamentos a mil
Oh....insônia !
Por que me invades de forma tão vil ?


Tento extrair de ti o melhor
Já que me invades sem pedir licença
Mas clamo aos deuses agora
Sua retirada por gentileza !

A Afrodite: o amor !
A Baco: o desejo teu
Mas é a ele que suplico:
Toque-me, ohhh Morpheu !

Tendes piedade
Dessa réles mortal
Que na noite se perde
E te clama sem igual !

Tua companhia insônia
Me instiga a inspiração
Mas enfraquece meu corpo
E aflige meu coração !

A fragilidade me invade
Uma metamorfose acontece
Como buscar meus sonhos ?
Se tu, insônia, não me esqueces ?

Verdade

O que seria a verdade,
Uma busca, algo a alcançar ?
A realidade de alguém
Ou algo a nos manipular ?

Teria eu a minha verdade
E você a tua ?
Ou ela é uma falácia,
Uma mentira nua e crua ?

Creio que verdades são versões
Diferentes entre si
O que as definirão
É o que escolhes para ti !

A minha verdade
É que não há uma verdade
Há apenas uma definição
Do que seria lealdade !

Ser leal e coerente
Com aquilo que melhor condiz
Hegemonicamente com alguns fatos
Sem se vender como meretriz !

Momentos

O que seria a vida
Senão uma soma de acontecimentos
Não temos uma história
Temos apenas os momentos !

Uma história tem começo,
Tem meio e tem fim
Nós, apesar de finitos
Não podemos ver a vida assim !


Há o inicio, o decorrer
O sentir, o viver
O agir, o lembrar
O deleite e o doer !

O que pensar ?
O que dizer ?
O que lembrar ?
O que esquecer?

Seja tu mesmo,
Procure teus sentimentos
Ache teus quereres,
E viva teus momentos !