domingo, 29 de maio de 2011

Momentos II

O que seria o tempo ao certo
Horas, dias, noites, semanas
Qual a razão dessa existência
Que faz o pensamento arder em chamas !

Anos se passam, percebo
Vejo no espelho o resultado
Um balanço de tudo
Cada item conquistado !

Não posso pensar em perdas
Pois elas foram consequências
Das escolhas que fiz nessa vida
E todas minhas preferências !

Ganhei, perdi
Chorei e sorri
Desejei e não pude
Fui feliz e sofri !

Hei de continuar
Por quanto tempo, não sei
Mas essa é minha existência
E foi nela que te encontrei !

Doar, receber,
Viver e sonhar
Labutar e crer
E assim continuar !

Sendo, estando e ficando
Vivendo ou divagando em pensamentos
Assim seguirei meu caminho
Degustando todos esses "Momentos" !

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Fuga

Sim, me pego fugindo
Em fuga constante estou
Temo me deparar com essa força
A força que sem defesas me deixou !

Essa fuga me tirou as palavras
Pois apenas o cansaço me domina
Como enfrentar esse desafio ?
Porque isso a Poesia não me ensina !

Dias, semanas vão passando
Pensamentos e recordações me invadem
Não, não posso evitar
Mas para enfrentar, me falta coragem !

Em devaneio solitário me permito entrar
Pois senão a loucura me devora e me suga
Mas entre o viver e o sonhar
O que me resta ainda é a Fuga !

sábado, 14 de maio de 2011

Madrugada Fria

A sensação de frio
Aumenta ainda mais a solidão
E o querer embarcar nessa viagem
Tenta por de lado minha razão !

Tentativa que se frustra
A cada dia que se passa
Fujo do deleite atroz
Pois do desejo sou a caça !

Não me permito amar
Não me permito esse viver
A mim não cabe desfrutar
Não me cabe dessa fonte beber !

Estou aqui com meus pensamentos
Divagando sem certa trilha
A mim apenas me resta
Essa solidão na "Madrugada Fria" !

O Silêncio II

Meu silêncio se faz eloquente
Mas não abafa meus sentidos
Sei que neles podes decifrar
Cada tom de meus gemidos !

Canto-te todos os dias
Cada nota de meu coração
Apenas não devo descrever esse sonho
Assim me conduz, a fria razão !

A emoção se faz na fala
Na escrita e na rima
A razão tenta vencer a batalha
Calculista como em Esgrima !

Um erro pode ser fatal
E essa lança de vez me perfurar
Por isso ao te amar em silêncio
São meus gritos que deves escutar !

Consegues decifrar, abstrato ?
Tudo o que dentro de mim tenho ?
Não me peças para me libertar
Pois desse maná me abstenho !

Amarei, desejarei,
Te tocarei, poetizarei
Aqui faço o que minha alma pede
Pois aqui me libertei !

Quero sim, amar e ser amada
Desejar e ser desejada
Mas não consigo dar vitória à emoção
Pois a razão faz ela ficar silenciada !

segunda-feira, 9 de maio de 2011

A um ausente II

Mais um dia que se inicia
Ainda no brilho da Lua
Carregarei para meu ninho
A linda imagem sua !

Suas palavras, seus sorrisos
Seus gestos e seus encantos
Lembrar-me deles
Causou-me um leve pranto !

Seco agora meu rosto e meus olhos
E em meus labios sinto a salinidade
Inicio esse fim de noite
Com o peito carregado de saudade !

Abstrato

Amo, desejo e também quero
Muito, não sabes o quanto,
Quando encontro comigo mesma
Em meu mais intimo recanto !

Mas a mim me resta a solidão
Física e visual
Pois ao me reconhecer nela
Não me vem o que é real !

A versão do que é real
É o que por "certo" se entende
É o enorme muro e barreira
É a corrente que me prende !

Separar o lúdico do real
Seria isso possivel ?
Mas a Poesia ei de inocentar
E justificar esse desejo incrível !

A Lua é testemunha
Meu corpo, o termostato
Pois até o brilho das estrelas aumentam
Com esse querer e poder "Abstrato" !

Surreal

Posso te sentir
Como se estivesse a me tocar
Teus beijos e tua respiração
Minha pele chegam a arrepiar !

Me deleito em sensações
Sem por isso me culpar
Pois sonhando acordada
A ti posso me entregar !

Acredite, tu me tens
E cada detalhe meu tu conheces
Viaja neles em devaneios
Mas aqui em carne me entorpeces !

Essas sensações
Estão além do bem e do mal
É uma inédita experiência
É uma maravilha "Surreal"!

A Palavra

A Palavra
Muda, surda e tão potente
Tens Palavra, oh menina
O poder que é tão grande
Que muita gente nem imagina !

Tu não ouves e nem falas
Mas expressas em som e em visão
Todos os silêncios guardados
De muita razão e emoção !

O cérebro projeta sensações
Através de um pensamento
E quem mais uma vez se manisfesta ?
A Palavra e todo teu encantamento !

Sim, és poderosa
Tanto atinges e feres quanto curas
Ensinas, nos encanta e registras
Felicidades, amores, reflexão e amarguras !

Sim, tu és UMA das mais poderosas criaturas !


(Escrita inspirada em: "A menina Palavra" - Kiri)

domingo, 8 de maio de 2011

Palavras ao Vento

Sorrindo estou de mim agora
Como se estivesse me repugnando
Me reprimindo, tonta que sou
Até mesmo divagando !

Ao menos aqui
Não tenho que me cobrar
O "rascunho" da Poesia
Ei de me inocentar !

Aqui amo, aqui quero
Aqui desejo, aqui liberto
Aqui desconstruo e crio
Aqui quebro e conserto !

Viagem, reflexão,
Desejo e muito sentimento
Aqui sou apenas Eu
E minhas "Palavras ao Vento" !

Vulgarização ?

Devo desistir dessa oportunidade
De externar o que me vem à mente
Produzir seis reflexões em minutos
Seria uma postura demente.

Sim, é o que me aconteceu
Nessa hora em frações
Ao vim visitar esse cantinho
Esse cantinho: Divagações !

Estariam as palavras
Desdenhando de meu coração,
Transformando, pensamentos e sentimentos
Em uma mera "Vulgarização?"

Refúgio Meu

A busca pelo coletivo
É o que me mantém firme
Esquecendo meus quereres
Para não cometer nenhum "crime" !

Me descrevi uma vez
Como uma borboleta em um jardim
Onde nessa existência
Não há espaço para o MIM !

O lúdico me permite
Registrar o que não aconteceu
Minha razão se tornou
O aconchegante "Refúgio Meu" !

Nós

Onde estamos se existimos ?
Por que não nos enxergamos ?
Precisamos nos encontrar,
Para perceber o que precisamos !


Tirar essa cortina,
Cortina de fumaça.
Iniciar uma busca,
Com o querer de uma caça !

Pensamentos, filosofias e ações,
Compreendendo o pré e buscando o pós,
O que falta é esse encontro,
Esse encontro entre Nós !

Ele/Ela

Eu os vejo
Eu os sinto
Mas não os compreendo
Não, não minto !

Ambos possuem desejos
Necessidades e sonhos
Por que nos cercam
Acontecimentos medonhos ?

Ele e ela,
São seres como tu e eu
Por que em algum momento
Essa identidade se perdeu ?

Procurarei encontrar
E entender com cautela
Pois descobri, meu Eu, Tu
E vejo também Ele/Ela !

Tu

Quem és tu
Por que não te mostras ?
Estaria abafado como o Eu
Escondido em alguma encosta ?

Existimos, dividimos
O mesmo Universo
E nos refletimos
Como côncavo e convexo !

Por que as diferenças,
Por que a intolerância,
Que invade eu e tu,
Desde nossa infância ?

Há uma gemealidade
Entre o humano puro e nu
Eu sinto que existes
Mas não consigo enxergar Tu !

Eu

Existo, respiro, penso
Sinto, desejo, falo
Muito mais tenho a dizer
Mas sempre freio e me calo !

Opto pelo silêncio
Que muito tem a falar
É na ausência da "fala"
Que estará o meu gritar !

Mas quem ouve esse grito ?
Não sei, talvez ninguém
A mim não importa
Caso exista o desdém !


Vou seguindo vivendo
As vezes sem sentido
Recebendo e dando
O que me é permitido !

Porque as barreiras insistem
Como um ceticismo ateu
De limitar o aflorar
Do adormecido EU !

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Achado

Sim eu encontrei
Uma magia inexplicável
Mas em mundo paralelo
Em mundo intocável !

Mundo das idéias e pensamentos
Mundo das palavras e poesia
Não consigo separar meu Eu real
Para embarcar nessa fantasia !

Queria me bipartir
Para duas poder ser
Uma ficaria na realidade
Para a outra, essa magia viver !

Viver livremente
Sem nada ferir e magoar
Para poder não perder
O que o acaso nos faz achar !

Me resta esperar por Morpheu
E clamar por seu chamado
Assim em sonhos posso viver
Intensamente o meu Achado !

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Nascimento na Madrugada

Mais uma noite se vai
Com frio , silêncio e solidão
A mim me restam os ecos
Dos gritos de minha emoção !


Os ecos preciso decifrar
Para a paz atingir minha mente
E enfim o corpo descançar
E acalmar essa emoção solenemente!

Eis me aqui a registrar
O silêncio das entrelinhas
A divagação sem endereço
De todas essas palavras minhas !


Quando as palavras saem
A sensação muito me agrada
É como um parto indolor
Sem parteira na Madrugada !

Mensagem

Eu recebo tuas entrelinhas
Como se fossem vozes a meus ouvidos
Ao te imaginar amando
Ouço até teus gemidos !

Como isso explicar
Essa força, esse encanto
Desisti de entender
E me delicio, amo, "ouvir" o teu canto !

Sou escrava de suas palavras
Minha inspiração é tua cria
Se fôssemos apenas essências, sem corpo
Toda tua, com certeza seria !

Sim tua, teu complemento
E o meu tu também serias
Se o desejo de me ter
Fosse apenas em Poesia !

Permita-me acreditar
Que a ti me entrego, me liberto
Pois é assim que me sinto
Quando te sinto por perto !

Não preciso da presença
Para minha submissão confirmar
Basta ver tuas palavras
Para minha alma se entregar !

Etérea é nossa realidade
E é na Poesia que está sua imagem
Acredite, ohhh essência minha
Recebo cada letra de tua Mensagem !

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Inicio

Um belo dia, tarde ou noite
Não me lembro muito bem
Só sei que houve um começo para,
De escrever não ficar mais sem.

Foi em um mundo paralelo
De improvisos e poesias
Que comecei a entrar nesse mundo
E liberar toda essa energia!

Varios poetas encontrei
E um mestre em especial
Suas palavras cantavam a meus ouvidos
Como o mais belo recital !

Enquanto eu aclamava por Morpheu
Ele cultuava Baco de forma espetacular
A admiração me invadiu
E na poesia era chamada a voltar !

Personagens foram criadas
Para um diálogo iniciar
Uma prisioneira clamava seu principe
Para de sua redoma ele a libertar !

Sua clausura estava no dia
Suas correntes quebravam-se na noite
Escrevia seus sonhos, desejos e fantasias
Sentindo assim recebendo a corte !

Mas a maldade alheia o encanto quebrou
Palavras eram lidas e usadas como arsenal
Não pelos poetas ou pelo mestre
Mas para quem observava apenas o quintal !

Uma enorme tristeza me invadiu
Ao sentir ter de me calar
De tantas palavras que ainda tinham por vir
De tantos pensamentos ainda a poetizar !

Mas a inspiração continuou
O que há muito já existia
Começou a aumentar
Sim, aumentar a cada dia !

O que fazer com essas palavras,
Que até em sonho me invadiam ?
Desperdiçá-las até passar o momento
Ou registrá-las enquanto me vinham ?

Resolvi criar um cantinho
Sim, um cantinho fictício
De um diálogo "monólogo"
E não apenas um desperdício !

Loucura, simplicidade ou singelismo ?
Não sei bem de onde vem as emoções !
Só sei que estou farta e preciso dividir
Dividir aqui minhas divagações !

Não sei qual será o fim
Só sei que me delicio nisso
Sim, um dia comecei essa viagem
Sim, isso tudo teve um Inicio !

Efeitos de uma Poesia

Seu desejo pude sentir
Ao ler tuas palavras
Minha pele ele invadiu
E minhas pupilas ficaram dilatadas

A Poesia nos permite
Enredar-nos em nossos ensejos
Essa noite ficastes em meus braços
E pude saciar todos seus desejos

Tuas linhas foram tênues
Com a sintonia mais linda e fina
Tocastes a alma da mulher
E libertastes assim a menina !

A noite, ao contrário da Poesia,
Acaba, finda
Mas sim, me senti exatamente assim:
Sua Menina Mulher Linda !